Tendo em vista que a população da cidade de São Paulo é representada em mais da metade por mulheres, uma solução que mitiga os problemas da saúde menstrual, que é recorrente praticamente mensalmente na vida das pessoas com útero em ciclo reprodutivo, é uma solução capaz de impactar positivamente a vida dessas milhões de pessoas. Com o dispositivo de acrílico que será disponibilizado nos banheiros e até mesmo através dos nossos canais de comunicação podemos disponibilizar espaço para propaganda seja através de patrocínio ou venda direta. A parte da educação sobre as violências sofridas pelas mulheres pode ser alimentada por uma equipe de x pessoas. A localização dos banheiros limpos e avaliação será feita de forma organizada pelas próprias usuárias. Vemos como positiva a viabilidade do projeto por demandar pouco investimento na implantação tendo a capacidade de escalar de forma quase que orgânica, impactando imensamente problemas ainda pouco direcionados em nossa sociedade, apesar de muitas organizações já estarem pensando em formas de combate, o banheiro público então se torna um canal gratuito de tráfego, uma porta de entrada segura e acessível.
Não identificamos iniciativas que visam promover a prevenção dos casos de abuso e assédio dando suporte psicológico às vítimas da forma que estamos propondo aqui, educando sobre o tema da violência contra a mulher mostrando as diversas formas que essa violência se manifesta nas relações. Em nosso website as mulheres se identificam com as declarações e quando clicam na que descreve a situação que estão experienciando abre um pop-up explicando sobre o tipo de violência que ela pode estar sendo submetida e quais ações podem ser tomadas. Neste caso, encontramos muitas matérias e matérias descritivas sobre o tema, mas não encontramos um site interativo como a nossa solução apresenta. Além de trazer a solução da falta de conhecimento sobre as questões que envolvem a violência contra a mulher, nossa proposta inclui a promoção da melhora da saúde, segurança e mobilidade através do combate à pobreza menstrual, neste quesito também não identificamos outras soluções a não ser iniciativas de combate a este problema como a destinação do Governo do Estado de São Paulo, de R$30 milhões para escolas disponibilizarem absorventes a 1,3 milhão de alunas da rede estadual no dia 14/09/2021 aprovado pelo senado com o tema Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual (PL 4968/2019).
O impacto do projeto além de beneficiar milhares de mulheres, afeta diretamente a classe mais vulnerável, fazendo com que a caixinha solidária de absorventes se alto mantenha, gerando tráfego no site mobile, conectando as mulheres em um canal de rede, promovendo a segurança por meio de informações, e até mesmo prevenir por meio dessa solução relacionamentos abusivos, agressões físicas, estupros e feminicios. Nossos diferenciais estão diretamente ligados com o público que visamos impactar. Não usamos um aplicativo pois muita gente da periferia não tem aparelhos que comportem o download de mais aplicações, dessa forma fica mais acessível. Parte da criação da informação do nosso site será alimentado pelas próprias usuárias, o que reforça a importância que damos ao lugar de fala de cada mulher e a importância de criarmos em conjunto soluções que atendam a toda nós; por isso a avaliação e rastreamento dos banheiros seguros e doação de absorventes contará com o engajamento de nossas usuárias. A distribuição de absorventes em lugares públicos também é uma inovação que afeta diretamente a vida de muitas mulheres mensalmente, seja pela falta de espaços limpos para se higienizar e trocar o absorvente ou simplesmente pela dificuldade financeira de adquirir o absorvente, com a nossa solução criaremos uma rede de suporte entre mulheres que irão doar os absorventes ou utilizá-los quando preciso de forma orgânica. Iniciativas como essa só foram vivenciadas de forma sistematizadas em locais como em Ann Arbor, no estado americano de Michigan, que passou a distribuir gratuitamente absorventes em banheiros públicos.
Os casos de violência contra a mulher aumentaram muito depois da pandemia, dados apontavam que apenas 10% das mulheres que sofreram violências denunciaram, o aumento das denúncias dos casos é importante para mensurar o tamanho desse crime a ser combatido pelas autoridades. Porém, muitas vítimas que não denunciam, não o fazem por não conhecer os tipos de violência contra mulher e quais os órgãos e leis que existem para lhes proteger. Combater este crime em nossa sociedade passa necessariamente pelo trabalho de conscientização e apoio às vítimas. Nossa solução impactará a vida de nossas usuárias com conhecimento que pode ajudá-las a buscar ajuda o quanto antes para se desvencilhar das situações de violência. Uma pesquisa realizada pela Johnson & Johnson Consumer Health em parceria com instituto Kyra e Mosaiclab, identificou que 29% das mulheres tinham dificuldades financeiras para comprar absorventes, 22% declararam que se sentem frágeis ao menstruar pois os locais que circulam não oferecem condições para se organizarem como gostariam e 24% concordam que, nos dias que menstruam, estão perdendo espaço na sociedade por serem mulheres. Portanto, a questão da pobreza menstrual tem um impacto além da saúde mental, mas também na mobilidade e qualidade de vida e carreira da mulher. Oferecer condições de lidar melhor com uma questão biológica recorrente mensalmente, terá um impacto positivo nas mulheres da cidade de São Paulo que representam um pouco mais da metade da população da cidade.